Com a finalidade de reunir as principais empresas produtoras de explosivos para debater o presente e o futuro do mercado, a Associação Brasileira das Indústrias de Explosivos (ABIMEX) e o Sindicato da Indústria de Explosivos no Estado de São Paulo (SINDEX) realizaram a Blastech 2025, III Encontro Técnico de Explosivos Industriais.
O evento ocorreu na capital paulista, entre os dias 10 e 11 de setembro, e colocou fornecedores de serviços e equipamentos para a cadeia produtiva frente a frente com players dos principais setores consumidores, como a construção civil, mineração, pedreiras e implosões.
Juntamente com o networking, a Blastech forneceu espaço para os participantes debaterem caminhos para a simplificação, desregulamentação, facilitação de atividades e geração de emprego e renda.
Durante a abertura da feira, Odair José, presidente da ABIMEX, enfatizou que o setor só tem obtido sucesso em suas empreitadas graças ao empenho de todos que o compõem. “Nossa expectativa ao realizar um evento como esse é que seja proveitoso e que nos ajude a encontrar soluções que agreguem ao mercado como um todo”, afirmou.
O caráter técnico da Feira é uma particularidade que muito orgulha os organizadores, como diz Antonio Luiz Cyrino de Sá, presidente do SINDEX. “Isso tem sido cada vez mais exigido pelo mercado, já que o segmento brasileiro de serviços de desmonte tem crescido exponencialmente, junto com a mineração. A Blastech está alinhada às demandas de conhecimento técnico do setor.”
Não se pode falar de exigências do mercado sem mencionar desenvolvimento tecnológico, uma vertente crucial na fabricação de explosivos, tendo em vista a utilização desses dispositivos em tantos setores. Para Daniel Debiazi, engenheiro de minas e presidente do SINDIPEDRAS (Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada), a Blastech é uma oportunidade para que novas tecnologias cheguem ao conhecimento público. Como exemplo de novidade na área, Debiazi menciona o Blast Scout, instrumento importante no planejamento das operações de detonação.
Para os expositores, os dois dias do evento são marcados no calendário institucional com antecedência por unir todos os principais atores da indústria. Francisco Jimenez, gerente geral da Orica Brasil, avalia que o encontro é onde se une boas práticas de mercado às novas tecnologias, e que abre um debate para trazer inovação e segurança à indústria.
Danilo Vieira, diretor comercial da Enaex, compartilha da afirmação de Jimenez e complementa parabenizando os organizadores por “criarem um ambiente onde são discutidos temas técnicos para a indústria e não só para a de explosivos, mas também para a indústria de agregados, que se beneficia dos avanços do setor”.
Ele ressalta ainda a importância da ABIMEX nas discussões conjuntas da indústria. “Existem vários temas extremamente relevantes que estão sendo conduzidos pela Associação e a gente tem visto o sucesso nesses debates no decorrer dos anos.”
O professor universitário Enrique Munaretti, engenheiro de minas e profissional da International Society of Explosives Engineers (ISEE), conta que os profissionais envolvidos em toda a esfera de atuação da ABIMEX ficam felizes de ter uma associação como essa, que congrega os setores produtores de explosivos e também deflagrantes, mas destaca a necessidade de parcerias. “É extremamente importante que a gente tenha associativismo, que as empresas se envolvam, porque aí o setor se torna forte, consegue influenciar, consegue promover uma evolução dessas ferramentas tão importantes que são os explosivos”, finaliza.