Durante a semana da London Metal Exchange (LME), especialistas globais da indústria discutiram as tendências do setor, com foco na transição energética
Reino Unido – Entre os dias 28 de setembro e 6 de outubro, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) destacou o potencial brasileiro em mineração durante a Missão Comercial Reino Unido-Brasil de Minerais Críticos, a convite da Embaixada Britânica e organizada pelo governo britânico. O evento reuniu representantes brasileiros do governo federal, governos estaduais e empresas privadas para discutir tendências e oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido no setor mineral, com foco nos minerais críticos para a transição energética.
Durante a viagem, o assessor da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Anderson Dourado, participou do evento LME Week – Seminar, promovido pela bolsa de valores especializada em metais, a London Metal Exchange (LME). Especialistas globais da indústria discutiram as tendências do mercado mineral, com foco na transição energética. Ao longo das discussões, ocorreram apresentações e painéis que demonstraram o papel dos metais críticos na economia mundial.
Na terça-feira, 1º de outubro, o assessor acompanhou o ICMM Responsible Mining Leadership Forum, onde foram debatidos aspectos importantes para o setor mineral. O foco esteve em práticas sustentáveis, com destaque para emissões de baixo carbono, segurança e relações com as comunidades locais. Ainda no mesmo dia, a delegação brasileira se reuniu com representantes da London Stock Exchange, a maior bolsa de valores da Europa. A reunião abordou as oportunidades e desafios para que empresas brasileiras possam ser listadas nessa bolsa. A discussão contou com a presença de importantes atores da indústria, como representantes da Sigma Lithium.
A programação de quarta-feira (2) incluiu um encontro na House of Lords, o Senado do Parlamento Britânico, com foco na mineração na América Latina. De acordo com Dourado, a agenda consolidou a importância do Brasil no cenário global de mineração, destacando a longa tradição brasileira no setor e a posição do país como líder nos esforços globais pela transição energética. “Como futuros resultados, também temos a oportunidade de realizar novas parcerias com instituições de pesquisa e universidades britânicas para o desenvolvimento de pesquisas e capacitação de profissionais”, afirmou.
Ainda na quarta-feira, houve uma reunião com representantes do fundo de pensão da Church of England, que administra um fundo de 3,5 bilhões de libras. A conversa abordou práticas sustentáveis na mineração e a transição energética, com ênfase no potencial do Brasil para atrair investimentos no setor mineral. O encontro contou com a presença de representantes de empresas brasileiras, como a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Vale.
Durante a semana, o representante do SGB participou do Brazil Day, promovido pelo governo britânico na Embaixada do Brasil. Além dessas agendas, o SGB manteve conversas com representantes do Serviço Geológico Britânico, explorando a possibilidade de expandir a parceria — assinada durante o “Prospectors & Developers Association of Canada” (PDAC 2024) — a partir de novas áreas de cooperação entre ambas as instituições. Outras reuniões foram realizadas com universidades, como as de Leicester e Exeter, além de empresas de tecnologia e pesquisa, visando ampliar as ações de cooperação e capacitação.
“A participação do SGB na Missão Comercial Reino Unido-Brasil de Minerais Críticos fortaleceu a importância do Brasil como protagonista internacional no setor mineral, especialmente no contexto de uma transição energética para uma economia de baixo carbono, onde a demanda por minerais é fator crítico para alcançar os objetivos globais de redução de emissões de gases de efeito estufa”, ressaltou Dourado.
Além do SGB, também estiveram presentes representantes do governo britânico; Agência Nacional de Mineração (ANM); Ministério da Fazenda; Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; Invest Minas; Vale; e Sigma Lithium.
