ABIMEX

O setor manufatureiro paulista apresentou moderação em sua atividade no 2º trimestre/2024, indicam FIESP e CIESP

Salários reais médios recuaram e demais componentes oscilaram próximo da estabilidade

Agência Indusnet Fiesp

Variação mensal 

No mês de junho, três dos quatro componentes da pesquisa Levantamento de Conjuntura finalizaram com resultados positivos e apenas um com retração. 

As vendas reais da indústria de transformação do estado de São Paulo avançaram fortemente no mês de junho na comparação com maio. O resultado do mês foi de elevação de 7,2%, compensando em parte as perdas verificadas nos primeiros meses do segundo trimestre do ano (-3,8% em abril e -3,4% em maio). 

As horas trabalhadas na produção, com crescimento de 0,7% na leitura atual, marcaram o segundo aumento consecutivo do indicador (+0,3% em maio), todavia, não foi suficiente para recuperar a redução de 1,9% do mês de abril. 

Completando os indicadores positivos da pesquisa no mês, os salários reais médios variaram +0,4% em junho frente a maio (+0,1%).  

NUCI, entretanto, foi o único componente da pesquisa com queda no mês. Aos 78,8% de utilização da capacidade na indústria paulista, houve redução de 1,1 p.p. em relação a maio (79,9%). Esta foi a menor utilização da capacidade instalada do setor desde o mês de novembro de 2023 (78,6%). 

Todos os dados contam com ajuste sazonal. 

2º trimestre/2024 x 1º trimestre/2024 

O 2º trimestre/2024 do setor manufatureiro paulista foi de relativa estabilidade entre os índices de atividade acompanhados pela pesquisa. 

As vendas reais do setor recuaram levemente (-0,1%) ante o 1º trimestre do ano, período em que o setor teve um crescimento forte (+4,2%). 

As horas trabalhadas na produção avançaram moderadamente (+0,1%) no período, sendo o segundo crescimento trimestral seguido (+0,9% no 1º trimestre/2024). 

Os salários reais médios retraíram 0,6% no 2º trimestre/2024, primeiro dado negativo após quatro trimestres seguidos de crescimento.  

NUCI, por sua vez, aumentou 0,4 p.p. frente ao 1º trimestre/2024. Desta forma, apura-se o terceiro trimestre em sequência sem quedas na utilização da capacidade instalada das indústrias paulistas. 

Todos os dados contam com ajuste sazonal. 

Acumulado no ano 

No acumulado de janeiro até junho, em comparação com o mesmo período de 2023, apenas os salários reais médios apresentaram alta, de 1,8%. 

As vendas reais do setor, no período apurado, tiveram contração de 4,0%. Com exceção do ano de 2021 (+17,2%), desde o ano de 2014 não há um acumulado positivo nas vendas reais da indústria de São Paulo entre os meses de janeiro e junho (+1,4%). 

Quanto às horas trabalhadas na produção, a queda foi de 0,6% até junho de 2024. Resultado levemente melhor que a média para o período que é de -1,3% e repetindo o mesmo resultado no período no ano de 2022 (-0,6%). 

Dados sem ajuste sazonal. 

Acumulado em 12 meses 

No acumulado em 12 meses, período que abrange os meses de julho de 2023 a junho de 2024 na comparação com o igual período do ano anterior, apenas os salários reais médios destacaram-se positivamente, com aumento de 1,2%. 

Os demais componentes da pesquisa indicaram dados negativos nesta mesma métrica: horas trabalhadas na produção (-0,8%) e vendas reais (-8,3%). A evolução do indicador de vendas reais permanece indicando que o pior resultado foi no mês de março, com -11,1% no acumulado do período. Desde então as apurações foram: -9,9% em abril, -9,4% em maio e -8,3% na leitura atual. 

Os dados acumulados em 12 meses não contam com ajuste sazonal. 

Clique e conheça os resultados da indústria de transformação paulista – Conjuntura de junho

Para acessar a série histórica da Conjuntura, clique aqui