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Inovação e integração podem conferir mais competitividade ao setor da moda

Na Fiesp, representantes do IBModa defenderam que indústria, governo e entidades de educação andem juntas para desenvolver o mercado

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Integrar a indústria, governo e entidades de educação é fundamental para desenvolver o mercado da moda. Esta é a opinião é do presidente do Instituto Brasileiro de Moda (IBModa), André Robic, que participou de reunião do Comitê da Cadeia Produtiva da Moda (Commoda), da Fiesp na segunda-feira (4/6), conduzida por seu diretor titular, Wayner Machado da Silva.

Embora pareça óbvia, a integração desses três setores não é algo fácil de ser feito, de acordo com Robic, um dos fundadores do IBModa. “A nossa missão é promover um ambiente inovador e sustentável para a moda no Brasil, superar as dificuldades de comunicação entre os três lados e conferir mais competitividade e visibilidade para a moda brasileira”, explicou.

O conceito da tripla hélice foi abordado por ele para exemplificar o modelo de inovação defendido pelo IBModa, que descreve a interação entre as três principais esferas (indústria, governo e entidades de educação). Para Robic, a colaboração entre tais interlocutores promove inovação e confere sustentabilidade ao processo tecnológico, além de garantir o desenvolvimento econômico.

“É necessário sair de uma orientação tradicional, focada no preço, para uma indústria orientada para a qualidade tecnologicamente avançada, focada na sustentabilidade, com respostas rápidas e prazos de entrega curtos, bem como marketing eficaz, o que é impossível de ser feito sem inovação e sem responder à dinâmica do mercado”, defendeu.

“Estamos em um setor cuja concorrência brutal e a tecnologia se desenvolvem com rapidez enorme. De outro lado, temos o consumidor cada vez mais sofisticado e o surgimentos das plataformas de comércio que aí estão”, alertou o presidente do IBModa.

A especialista em marketing do Instituto, Luciane Robic, concorda com André e classificou como “fortes” os empreendedores do setor da moda. “Porque o mercado é complexo exibe velocidade diferente de outros mercados, com uma série de impactos e conflitos específicos”, observou.

Para ela, as entidades educacionais precisam entender as necessidades da indústria e criar cursos voltados à demanda do setor produtivo da moda. Em sua visão, as indústrias devem buscar cada vez mais adotar práticas sustentáveis para aumentar sua competitividade. E cabe ao governo a criação de políticas públicas e promover a colaboração entre indústria e entidades de ensino e pesquisa.